segunda-feira, 30 de maio de 2011

Os Agentes do Destino

The Adjustment Bureau
Thriller/Romance/Ficção Científica | 2011
Assistido no cinema do Shopping Cidade Jardim



Há um sentido último para a existência do mundo? A organização do mundo é necessariamente essa com que deparamos, ou seriam possíveis outros mundos? Deus existe? Se existe, como podemos conhecê-lo? Existe algo como um “espírito”? Há uma diferença fundamental entre mente e matéria? Os seres humanos são dotados de almas imortais? São dotados de livre-arbítrio? Tudo está em permanente mudança, ou há coisas e relações que, a despeito de todas as mudanças aparentes, permanecem sempre idênticas?

A metafísica do filósofo grego Aristóteles, que geralmente usava a expressão “filosofia primeira” ou “teologia” (por contraste com a “filosofia segunda” ou “física”), acabou por se impor como denominação da ciência que se ocupa das realidades que estão além das realidades físicas.


São estas questões metafísicas (do grego antigo “além do físico”), uma das disciplinas fundamentais da filosofia, que servem de base para Os Agentes do Destino, adaptação de um conto de Philip K. Dick, grande autor de sucessos da ficção científica, cujas histórias viraram Blade Runner - O Caçador de Andróides, O Vingador do Futuro, e Minority Report.

No filme, David Norris (Matt Damon, sempre muito bom) é um político importante com uma carreira promissora, mas um escândalo atrapalhou a sua corrida ao Senado. Tão logo perde a disputa pela vaga, ele conhece a enigmática Elise (a ótima Emily Blunt, que ganhou projeção em O Diabo Veste Prada), bailarina por quem se apaixona. Contudo, homens com estranhos poderes de interferir no futuro aparecem e começam a pressioná-lo para que ele não dê continuidade a este romance, pois isso poderá atrapalhar o futuro de ambos. Sem saber ao certo quem são essas pessoas, a única certeza que David possui é que precisará encontrar forças para enfrentá-los e encarar o que o destino lhe reserva.

O que você faria, como você reagiria, por exemplo, se soubesse que derrubar café na roupa, embora pareça acidental, é na verdade parte do plano da sua vida, que aquilo foi escrito, e não um simples acaso? É com este tipo de verdade que Matt Damon tem que lidar neste filme, que trata de religião o tempo inteiro sem ao menos mencionar qualquer palavra que remeta à igreja ou a Deus (exceto uma única menção à palavra “anjo”).

Tirando toda a parte Philip K. Dick do filme, ou seja, toda a parte de ficção científica, minha interpretação pessoal da mensagem final do filme tem muito a ver com dois outros filmes recomendadíssimos, muito mais para reflexão do que para entretenimento:

  1. Quem Somos Nós? (What the Bleep Do We Know?)
  2. O Segredo, De Rhonda Byrnes, que na verdade é uma adaptação do best-seller

Para não estragar o final do filme (que eu amei!), vou me limitar a sugerir assistir aos Agentes do Destino e depois procurar curtir uma das duas recomendações acima, ou ambas!

Deixando um pouco o filme de lado, não posso deixar de comentar o maravilhoso cinema que conheci com este fantástico filme. A experiência de assistir a um filme nas salas do Shopping Cidade Jardim é inigualável, embora cara. As poltronas de couro são enormes, e todas reclinam quase que deixando o usuário completamente deitado, com apoio para os pés. O espaço que há entre as fileiras chega a ser um exagero, e não há problema algum se você estiver abarrotado de sacolas ao entrar no cinema. A tela de projeção ocupa toda a parede da sala, no mesmo conceito das salas Imax. Entre os vários comes e bebes, pipocas gourmet, croissants, taças de vinho e espumante, cafés de todos os tipos e gostos, todos devidamente servidos por garçonetes que circulam livremente pela sala. Basta pedir que elas buscam fora da sala e levam até você. Melhor que isso, só se fosse mais barato... rsrs.

Para assistir em: cinema, e se puder, na “experiência Cidade Jardim”
Para assistir com: a(o) parceira(o) e/ou amigos
Batatômetro: Imperdível


O Vencedor

The Fighter
Drama | 2010
Assistido em casa em DVD


Dicky (Christian Bale, fantástico) é uma lenda do boxe que desperdiçou o seu talento. Agora, seu meio-irmão Micky (Mark Wahlberg, sempre competente) tentará ser campeão e superar as conquistas de Dicky. Empresariado pela mãe Alice (Melissa Leo, ótima) e treinado pelo irmão, Micky começa mal jornada profissional. Somente após conhecer o seu grande amor, Charlene (Amy Adams, ótima), é que ele consegue colocar sua carreira nos trilhos, mas não sem antes ficar dividido entre seus familiares e a vontade de ser um verdadeiro campeão.

O filme, indicado a sete estatuetas do Oscar, é baseado em uma emocionante história real. Amy Adams e Melissa Leo concorreram pelo Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, e quem levou a melhor foi a segunda, em merecido reconhecimento. Contudo, o grande destaque do filme fica mesmo por conta da atuação visceral de Christian Bale, que emagreceu bastante para fazer o papel do irmão desajustado e vítima das drogas. O talento camaleônico do ator, o nosso mais recente Batman e super soldado no novo Exterminador do Futuro, foi mais do que suficiente para arrasar a concorrência e amealhar a estatueta de Melhor Ator Coadjuvante.

Vale destacar ainda a ambientação do filme, que impressiona no retrato fiel (figurino, penteados, cores, cenários) do início dos anos 90. Um filmaço!


Para assistir em: DVD
Para assistir com: a(o) parceira(o) e/ou amigos
Batatômetro: Excelente

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Megamente

Megamind
Animação | 2010
Assistido em casa em DVD


Tudo o que vilão Megamente (Will Ferrell) mais queria era eliminar seu adversário Metro Man (Brad Pitt/Thiago Lacerda) e assim dominar a cidade de Metro City. Só que para isso era necessário um plano ainda mais diabólico do que todos já tentados anteriormente. Um dia, com a ajuda de Criado (David Cross) e após sequestrar a repórter Rosane Rocha (Tina Fey), o malvado consegue o inimaginável, para ele e para todos: dar um sumiço no herói. A única coisa que ele não contava era que sua vida se tornaria tão chata a ponto de ele inventar um herói para combater.

Não há muito o que comentar sobre este filme bonitinho com cara de sessão da tarde. O bom das animações de hoje em dia é que também existe a preocupação por parte dos estúdios de que o filme seja no mínimo suportável para os adultos, padrão que a Dreamworks, assim como a Pixar, consegue sempre superar.


Para assistir em: DVD
Para assistir com: a família, de preferência com crianças
Batatômetro: Bom

terça-feira, 24 de maio de 2011

Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família

Little Fockers
Comédia | 2010
Assistido em casa em DVD

Após 10 anos de convivência, enfim Greg (Ben Stiller) conseguiu se enturmar com seu sogro, Jack (Robert De Niro). Agora pai de dois filhos, Greg tenta impressionar a diretora de uma escola particular de prestígio, já que gostaria que as crianças estudassem lá. Paralelamente, precisa lidar com as obras na casa, cujo atraso pode prejudicar a festa de aniversário dos filhos. Em meio a toda esta situação, Greg aceita um emprego noturno em um laboratório farmacêutico. Só que a presença de uma sexy colega de trabalho faz com que Jack volte a desconfiar do genro.

Parece que esta sinopse sinaliza 98 minutos (duração do filme) de novas gargalhadas, mas a verdade é que este filme traz mais do mesmo. E menos do que deveria trazer de mais, como os personagens subaproveitados de Barbra Streisand e Dustin Hoffman. Owen Wilson e Jessica Alba chegam para tentar apimentar um pouco a trama, mas o filme, assim como os dois anteriores, acaba caindo na única armadilha que não poderia cair: a de focar demais o eterno conflito entre Greg e Jack.

Um filme que sim, tem uma ou outra boa cena, mas que fica bem aquém do esperado. Na minha opinião, pode parar por aí, até porque o nome do filme está ficando cada vez mais longo a cada sequência.


Para assistir em: DVD, e se der, emprestado
Para assistir com: o(a) parceiro e/ou amigos
Batatômetro: Regular


Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio

Fast Five
Ação | 2011
Assistido no cinema com colegas de trabalho


Foi bastante empolgante saber que Vin Diesel estaria de volta para reeditar a dupla de sucesso com Paul Walker no primeiro filme, que estabeleceu um marco na história dos filmes de ação com carros tunados, além de mudar para sempre a indústria nacional de modificações de carros, até mesmo elevando o padrão dos acessórios que já vem de fábrica dos carros zero quilômetro.

Foi também interessante saber que haveria uma reunião de todos os participantes principais dos demais filmes da série. Fui ao cinema curioso para saber como os roteiristas haviam engendrado este encontro.

Mas foi, acima de tudo, preocupante saber que toda a ação deste quinto filme teria como cenário o Rio de Janeiro. Por experiências anteriores, nunca deu muito certo quando Hollywood tentou retratar a nossa realidade, tão diferente da deles, e mais ainda diferente do que eles imaginam que seja a nossa!

Vamos ao checklist: a) brasileiros falando português sem sotaque da terrinha? Aprovado com nota nove; b) deserto no Rio de Janeiro? Reprovado com nota zero; c) viaturas Mustang da polícia? Nota zero; d) bandidagem dos morros do Rio que se rende diante de meia dúzia de policiais gringos com cara de mau? Nota zero! E mais um filme que não passa na prova...

Deixando a verossimilhança de lado, o filme traz boas cenas de ação, mas repudia algumas leis da física com extrema naturalidade. O roteiro não traz nada de fenomenal, mas fica um clima nostálgico do primeiro filme por conta dos reencontros promovidos nesta quinta (e última?) sequência.

Apesar dos pesares, e talvez por conta desta re-união, o filme ainda sim acaba sendo melhor do que os três últimos da série, só perdendo para o primeiro mesmo.

Ainda em tempo: senti falta de mais cenas com os carros...


Para assistir em: cinema, para os fãs da série, e DVD, para os demais. 
Para assistir com: amigos que curtam filmes de ação e carros.
Batatômetro: Bom


Secretariat

Secretariat
Drama | 2010
Assistido em casa em DVD


O filme lembra bastante um precursor do mesmo estilo, Seabiscuit. Apesar de a história ser extremamente parecida, vale dizer que Secretariat ganha o páreo por se tratar de uma história 100% real de uma dona de casa e mãe, Penny Chenery (Diane Lane), que se vê obrigada a assumir os negócios do pai doente.

Com o pouco de conhecimento que tinha de estábulos e de cavalos, ela consegue ficar com a cria de um cavalo de corrida bastante premiado. Precisando levantar recursos para que o pai não perca os negócios, ela contrata um treinador veterano (John Malkovich, ótimo como sempre) para transformar a cria, que acaba recebendo o nome de Secretariat, em um cavalo vencedor.

Sofrendo também por ser uma mulher em um mundo dominado até então por homens, contra tudo e contra todos, ela parte para tentar fazer o que nenhum cavalo conseguira em 25 anos de história do esporte: vencer a Tríplice Coroa, uma sequência de três das mais pesadas corridas, em 1973.

Gostei do retrato de época, bastante competente, e das boas atuações. Fenomenal é saber que o feito de Secretariat é real. A última das três corridas, ápice do filme, é muito emocionante. Veja abaixo:



 
Um filme dos estúdios Disney (filme mesmo, não é desenho ou animação), bem gostoso e com cara de sessão da tarde. Vale a pena por ser uma história real.


Para assistir em: DVD
Para assistir com: a família, principalmente com crianças mais crescidinhas.
Batatômetro: Bom

Reencontrando a Felicidade

Reencontrando a Felicidade
Local: Arteplex Frei Caneca



O filme Reencontrando a Felicidade não é um filme fácil de assistir. A história é bem pesada e tinha tudo para ser mais um filme triste e melodramático. Mas o cuidado que o diretor e roteirista tiveram para deixar o filme interessante e não cair no melodrama foram fundamentais para resultar em um filme bem bonito.

Vale lembrar também da atuação impecável de Nicole Kidman que está ótima no papel e até foi indicada ao Oscar neste ano.

O filme conta a história de um casal que perdeu o filho de 5 anos em um acidente e que passa pelo processo de aceitação para seguir a rotina diária. Assim como o filme "Como Esquecer", filme nacional que fala sobre o fim de um relacionamento amoroso, Reencontrando a Felicidade mostra toda a dificuldade que os pais, em especial a mãe, tem em continuar a vida após a morte de um filho.

O achei mais interessante no filme foi que todo o melodrama da morte não é apresentada no filme. Quando começa, a tragédia já aconteceu e é contada aos poucos, como parte de conversas do dia a dia das personagens. Ao fazer isto, a história fica muito mais humana e parecida com a realidade. Em uma das cenas, a mãe de Nicole diz para ela que a dor nunca vai passar mas que, com o tempo, ela se torna suportável e assim ela conseguirá seguir os dias. Triste, mas verdade. E humano. Por cenas deste tipo, gostei muito do filme e gravei partes dele na minha memória. Sinal que marcou. Recomendadíssimo!

Trailer do filme:




Para ver: no cinema, de preferência
Batatômetro: ótimo

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Thor

Thor
Ação | 2011
Assistido na sala 3D do Shopping Iguatemi


Entre os vários heróis da Marvel que já fizeram sua estreia nas telonas, Thor está entre os menos badalados. Baseado no deus da mitologia nórdica, de cabelos vermelhos, barba e grande estatura, Thor representa a força da natureza (trovão) no paganismo germânico, e dispara raios com o seu poderoso martelo Mjolnir.

No cinema, é representado, ou melhor dizendo, interpretado por um desconhecido Chris Hemsworth, até então um ator de papéis secundários em poucos filmes de menor expressão. Nada disso parece importar ao público feminino quando o rapaz aparece em cena sem camisa, arrancando suspiros contidos ou reações mais esfuziantes por toda a sala. Tenho que admitir, o moço faz jus ao papel.

Beleza à parte, nada a dizer sobre a interpretação do rapaz. O papel não demanda grandes cenas dramáticas. Um trabalho direitinho de um ator sem nada a provar e nada a perder. E do jeito que andam as vendas nas bilheterias yankees, com muito a ganhar!

O filme em si é 100% pipoca, 0% trama. Nada mirabolante, nenhuma imprevisibilidade. Vale pela diversão, pelos efeitos especiais, e muito mais até pelas cenas de comédia do que pelas cenas de ação.

O elenco conta ainda com a ilustre presença de Antony Hopkins na figura de Odin, pai de Thor, e da inebriante beleza de Natalie Portman, desta vez em um papel fácil.

Mulheres, convidem seus homens para uma ida ao cinema. Chris Hemsworth é o motivo, mas se eles perguntarem, é um filme de ação sobre um herói dos quadrinhos com efeitos especiais em 3D. Isso deve bastar.

Homens, convidem suas mulheres para uma ida ao cinema. Natalie Portman é o motivo, mas se elas perguntarem, não tem outro jeito: usem a carta Chris Hemsworth em toda a sua glória e em 3D. Isso deve bastar.

Para assistir em: salas de cinema em 3D, de preferência
Para assistir com: o(a) parceiro e/ou amigos
Batatômetro: Regular

terça-feira, 17 de maio de 2011

127 Horas

127 Hours
Aventura | 2010
Assistido em casa com minha esposa


127 Horas é a história real do famoso alpinista Aron Ralston (James Franco, ótimo), que tem que salvar a própria vida após ficar preso por uma pedra que cai e esmaga o seu braço direito contra a parede de um desfiladeiro isolado em Utah. Não tendo comunicado a ninguém sobre sua aventura, nos cinco dias que se seguem, Ralston tem que ganhar coragem para sobreviver com os meios disponíveis, superando principalmente os efeitos psicológicos do desastre.

Uma história de superação muito bem filmada em um estilo mais autobiográfico. Gosto bastante do jeito Danny Boyle (diretor de “Quem Quer Ser Um Milionário”) de contar histórias. James Franco concorreu merecidamente ao Oscar de Melhor Ator.

Segundo relatos da imprensa, algumas pessoas chegaram a desmaiar em razão da cena mais forte do filme. Isso teria ocorrido durante a exibição do filme no Festival de Toronto. Minha esposa não quis ver essa cena e fechou os olhos...

Bruxa de Blair” + “Náufrago” = 127 Horas


Para assistir em: Algumas (poucas) salas cinema ou pela Internet mesmo
Para assistir com: quem gosta de aventuras e tem estômago forte
Batatômetro: Bom


As Viagens de Gulliver

Gulliver's Travels
Comédia | 2010
Assistido em casa com minha esposa


 Definitivamente, Jack Black é um ator que divide opiniões. Lembro até hoje de três filmes dele que assisti com minha esposa. Eu gostei dos três, ela só de um. Eu adorei “Escola de Rock” (School of Rock). Achei o filme bastante original, trazendo um Jack muito inspirado. Gostei bastante de “Rebobine, Por Favor” (Be Kind Rewind), de roteiro bem simples e muito interessante. Em “Trovão Tropical” (Tropic Thunder), um papel secundário de primeira em um estilo de comédia bem peculiar.

Aliás, peculiar é também uma palavra que define Jack (que ainda empresta a voz ao Panda lutador de Kung Fu em animação da Dreamworks). Por isso mesmo é que as opiniões divergem tanto. Seu estilo de fazer comédia nunca foi unanimidade.

Desta vez, em “As Viagens de Gulliver”, ele ataca de entregador de correspondência em um jornal de Nova York. Apaixonado há anos pela colega de trabalho Darcy (Amanda Peet), Lemuel Gulliver (Jack Black) resolve se declarar e acaba se enrolando. Isso resulta em um convite dela, editora do jornal, para analisar um texto dele sobre suas viagens. Uma coisa leva a outra, e Gulliver acaba sendo enviado ao Triângulo das Bermudas como primeira tarefa, que deveria durar semanas. Uma tempestade no caminho acaba levando-o à cidade de Lilliput, onde as pessoas são bem pequenas. Gigante perto dos cidadãos locais, Gulliver é considerado uma ameaça, mas aos poucos conquista a simpatia do povo e modifica completamente sua rotina.

Quando aluguei o filme, minha expectativa era a de assistir a uma sessão da tarde. E acertei em cheio. Os efeitos especiais não salvam, e Jack Black não está inspirado. Mais um para a lista dos filmes de Jack Black que a minha esposa não gostou. É do tipo que você já esquece assim que acaba. Alías, como é mesmo o nome do filme?

Para assistir em: DVD
Para assistir com: sozinho(a) mesmo; não vá torturar os outros...
Batatômetro: Ruim

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Minha versão do Amor

Minha Versão do Amor
Barney's Version

Local: Frei Caneca Arteplex




Fiquei com vontade de assistir "Minha Versão do Amor" principalmente por ter o Paul Giamatti como ator principal.. Ele é um ótimo ator e sempre participa de filmes muito interessantes.. Além disto, este filme ainda conta com o Dustin Hoffman e com o lindo lindíssimo Scott Speedman - o Ben da série Felicity - que, apesar de não ser muito bom ator, é muito lindo.. e é sempre uma ótima diversão ficar vendo-o nos filmes.... Este é na verdade o segundo filme que vi dele.. o primeiro foi o ótimo mas triste "Minha vida sem mim"..

Achei difícil classificar o filme "Minha Versão do Amor".. ele é realmente um filme muito bem feito, com uma história bem amarrada.. mas achei meio "novelístico" demais.. E também achei uma visão do amor meio fantasiosa demais, um pouco superficial. A versão do amor de Barney é aquela visão clássica: a de um homem que se apaixona à primeira vista por uma mulher, que larga tudo e faz de tudo para conquistá-la e fica apaixonado a vida inteira até fazer uma besteira e acabar sozinho e amargurado.

Embora sensível e com ótimos atores, o filme é completamente esquecível .. talvez pela visão superficial do amor que é o centro da história. Uma peninha.

Veja o trailer abaixo.




Para assistir: em casa
Batatômetro: Regular

terça-feira, 10 de maio de 2011

As Coisas Impossíveis do Amor

Love and Other Impossible Pursuits
Drama/Comédia | 2010
Assistido em casa com minha esposa




As coisas impossíveis do Amor” é uma história bastante emocionante de superação de algumas dificuldades que o amor impõe. Emilia (Natalie Portman) é uma advogada casada com Jack (Scott Cohen), chefe da firma em que trabalha. Tudo perfeito até ela engravidar e perder o bebê poucos meses depois do parto. Para tentar lidar com a dor, Emilia luta para se relacionar melhor com o enteado, filho do primeiro casamento de Jack, missão nada fácil. Como se isso não bastasse, ainda tenta superar todas as brigas com Carolyn (Lisa Kudrow, a Phoebe do antigo seriado Friends), a ex-mulher de Jack.

Difícil apontar alguma interpretação razoável neste tocante filme. Lisa Kudrow finalmente encontrou o tom certo na interpretação da ex-mulher, em um papel que, pela primeira vez, não me fez lembrar a Phoebe. O fato de o filme ser muito mais drama do que comédia ajudou, sem dúvida. Scott Cohen interpreta um convincente marido que faz malabarismos para lidar com os conflitos entre a ex-mulher, a atual, e o fruto do primeiro casamento. Aliás, o papel do filho também é conduzido com extrema competência por um desconhecido ator mirim. Por fim, uma sempre inspirada e cada vez mais linda (suspiros) Natalie Portman, que coroa este belo filme.

A grata surpresa deste filme é pelo fato de não ter sido muito alardeado pela mídia, e pra ser sincero nem sei se chegou a marcar presença nas telonas.

Se o colírio para os olhos chamado Natalie Portman não for suficiente para valer a locação, esta emocionante história deverá fazer o serviço.


Para assistir em: DVD
Para assistir com: o(a) parceiro(a)
Batatômetro: Ótimo

segunda-feira, 2 de maio de 2011

De Pernas Pro Ar

Cinema Nacional
Comédia | 2010
Assistido em casa com minha esposa


 Alice (Ingrid Guimarães, ótima) é uma workaholic que está tentando se equilibrar entre a rotina de trabalho e a família. Depois de perder o emprego e o marido (Bruno Garcia), Alice vai descobrir com a ajuda da vizinha Marcela (Maria Paula) que é possível ser uma profissional de sucesso sem deixar os prazeres da vida de lado.

Fiquei tentando lembrar quando foi a última vez em que um filme nacional me fez rir tanto. Acho que com a mesma intensidade, só “Se Eu Fosse Você”, tanto o 1 quanto o 2. Este filme é muito engraçado. Comédia de ótimo gosto, com cenas divertidíssimas. Nunca vi Ingrid Guimarães tão engraçada. A cena do jogo de futebol é impagável e vale o filme.


Para assistir em: DVD
Para assistir com: o(a) companheiro(a) e os amigos; família mais liberal também.
Batatômetro: Ótimo

O Garoto de Liverpool

Nowhere Boy
Drama | 2009
Assistido em casa com minha esposa



Não sou fã incondicional dos Beatles. Nunca comprei um CD sequer da banda. O que me levou a alugar este filme foi ter assistido ao trailer, que é bem interessante.

O filme retrata a vida de John Lennon antes de ser John Lennon. Sua adolescência, seu relacionamento com a tia, que foi quem o criou, e o reencontro com a mãe em busca de respostas sobre o passado. O sonho em ser como Elvis Presley, que resultou no nascimento da amizade com Paul e outros amigos da escola, dando início à banda que depois viria a se tornar o que se tornou. Uma vida conturbada, que encontrou na música a válvula de escape de toda sua energia e seus dilemas.

Um ponto positivo? As interpretações, com destaque para Aaron Johnson (John Lennon), muito competente e convincente. Um ponto negativo? Não ter mostrado a banda estourando, já que o filme ficou centrado essencialmente na vida de Lennon, e não no surgimento dos Beatles.

Para quem ama os Beatles, um filme indispensável. Para os demais, vale a locação.


Para assistir em: DVD
Para assistir com: qualquer pessoa que conheça os Beatles e John Lennon.
Batatômetro: Bom


Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos

You Will Meet a Tall Dark Stranger
Romance | 2010
Assistido em casa com minha esposa


O que me levou a alugar este filme foi, além do gênero, o elenco: Anthony Hopkins, Naomi Watts e Antonio Banderas. Pensei: “um filme com pelo menos dois bons nomes (Hopkins e Watts) deve ser bom”. Gosto de romance. Prefiro comédia romântica, faz mais o meu estilo, mas curto sim um romance de vez em quando. E levei o filme pra casa.

Pipoca pronta, refri também, filme na bandeja. Começam os créditos. Aquela lista enorme de nomes, que culmina no principal deles: o diretor. Não havia reparado no nome quando aluguei, confesso. E olha que geralmente reparo nisso. Não sei o que me deu essa vez, que não reparei. Acho que foi a beleza de Naomi Watts que me distraiu... rsrs.

Enfim, o que dizer de Woody Allen? Para mim, está na mesma categoria de Quentim Tarantino e Pedro Almodóvar. E não me refiro ao talento. A categoria seria “Diretores que ou você ama, ou odeia.” Com estes não existe meio termo.

Infelizmente para mim, eu odeio Woody Allen. Sinceramente não gosto dos estilos dos filmes dele, mas nem por isso desisti de assistir. Já estava lá mesmo...

Pra minha surpresa, o filme não foi péssimo. Alguns momentos ruins, sim, normal. Mas tenho que confessar que gostei do desfecho. Não porque o filme acaba (sempre sinto que falta um final nos filmes deste diretor), mas sim pela mensagem que fica. Nada imprevisível, nada revelador, mas ainda sim bem colocado.

A história basicamente gira em torno de casais infelizes em seus relacionamentos, que buscam a felicidade em outros relacionamentos. É marido infeliz com atração pela nova vizinha, que por sua vez questiona seu noivado por retribuir o flerte, enquanto a esposa infeliz luta contra o sentimento que passa a nutrir pelo chefe; mulher de idade que busca alegria em vidente charlatã por causa do ex-marido velho que a trocou por uma garota de programa com idade suficiente para ser filha dele, ou até mesmo neta. É uma salada mista que se desenrola até o desfecho, quando a mensagem final é deixada, ainda que o filme não termine.

Um filme com a assinatura de Woody Allen, com todo o sentido que esta frase tem.


Para assistir em: DVD
Para assistir com: uma companhia que tenha a mente aberta para filmes diferentes.
Batatômetro: Regular