terça-feira, 30 de agosto de 2011

Eu Sou o Número 4


I Am Number Four
Sci-Fci / Action| 2011
Assistido em casa em DVD


Nove alienígenas fugiram do planeta Lorien, onde eram conhecidos por números, para se esconder na Terra dos inimigos Mogadorians, que precisam eliminar todos os “lorienos” - e na ordem certa - para que poderes especiais não possam ser usados contra eles no futuro. A caçada já começou e os números Um, Dois e Três já foram assassinados. O número Quatro vive disfarçado entre os humanos, como John Smith (Alex Pettyfer), ajudado por seu protetor Henri (Timothy Olyphant) na tranquila cidade de Paradise, em Ohio. Enquanto descobre seus novos poderes, Smith conhece a estudante Sarah Hart (Dianna Agron) e se apaixona por ela, colocando em risco a vida de ambos e o futuro de sua raça, porque o inimigo já o localizou. A sua sorte é que a número Seis (Teresa Palmer) também o encontrou e ela pode ajudar na batalha.

Depois dos sucessos arrebatadores das franquias longevas como Harry Potter e O Senhor dos Anéis, estão todos em busca do próximo grande blockbuster: As Crônicas de Nárnia, Eragon, Percy Jackson e o Ladrão de Raios, a Bússola de Ouro. Felizmente, Eu Sou o Número Quatro não segue a mesma linha dos que tentaram mas não conseguiram. O time responsável pela concepção do longa caprichou. O diretor D.J. Caruso e seu colega íntimo Michael Bay (produtor) se juntaram ao respeitado time de roteiristas de Homem-Aranha 2 e à fotografia de Guilllermo Navarro (Labirinto do Fauno) para transformar o romance teen em uma boa ficção científica.

Com os efeitos especiais da sensacional Industrial Light and Magic (“mãe” dos robôs de Transformers), Eu Sou o Número Quatro não desaponta os fãs de um bom filme de ação, e deixa margem para uma possível continuidade. Vale a locação.

Para assistir em: DVD
Para assistir com: a(o) parceira(o) ou amigos
Batatômetro: Bom

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Passe Livre


Hall Pass
Comédia| 2011
Assistido em casa em DVD



Rick (Owen Wilson) e Fred (Jason Sudeikis) estavam cansados da rotina do casamento até o dia em que recebem um presente inusitado de suas esposas: um passe livre de uma semana para aprontar o que quiserem.

Parte desta premissa a mais recente obra do irmãos Farrelly (Quem Vai Ficar com Mary, Débi & Lóide, Eu, Eu Mesmo e Irene, Antes Só do que Mal Casado, O Amor É Cego), que mais uma vez usa o absurdo, as escatologias e o sexo para fazer rir.

A decisão das esposas acontece quando elas percebem que os maridos, chegando à meia-idade, acreditam ser capazes de conseguir qualquer mulher que desejarem. À soberba dos machos juntam-se o tédio do casamento de décadas e a carência de sexo.

Esse é de longe o melhor trabalho dos Farrelly (todos os filmes acima mencionados são melhores), mas ainda sim rende algumas risadas ao mostrar o que acontece nessa semana de passe livre do casamento.


Para assistir em: DVD
Para assistir com: a(o) parceira(o) ou amigos
Batatômetro: Regular

Rio


Rio
Animação| 2011
Assistido em casa em DVD


Rio conta a história de Blu (Jesse Eisenberg no original, ótimo), uma arara azul que vive em Minnesota e acredita ser a última de sua espécie. Mas ao saber da existência de Jewel (Anne Hathaway no original), uma arara azul fêmea que vive no Rio, ele decide vir encontrá-la. As diferenças de personalidade entre Blu e Jewel (ele foi domesticado em gaiola e não sabe voar, enquanto ela é livre, independente e adora alçar vôo) mostram-se maiores ainda ao serem jogados juntos em uma viagem que promete ensinar-lhes bastante sobre amizade, amor, coragem e mudanças da vida.

Calos Saldanha manda bem mais uma vez nessa gostosa aventura em território familiar. É bom saber que um brasileiro tem carta branca dos poderosos estúdios de Hollywood para fazer o que bem entender. Carlos não decepcionou com as três edições de “A Era do Gelo”, e também não deixa a peteca cair neste mais novo longa de animação.

Destaques para a participação de Rodrigo Santoro como o cientista brasileiro (claro) que vai ao encontro de Blu nos EUA para tentar trazê-lo ao Brasil, e às poucas mas caprichadas falas de Anne Hathaway em português, tentando ao máximo tirar o sotaque yankee.

Um filme com espírito de alegria e good vibes, que anima uma tarde de domingo.

Para assistir em: DVD
Para assistir com: a(o) parceira(o) ou amigos
Batatômetro: Bom

Bravura Indômita


True Grit
Drama de Faroeste| 2010
Assistido em casa em DVD


Determinada a fazer justiça, a menina de 14 anos Mattie Ross (Hailee Steinfeld, excelente) chega a Fort Smith, Arkansas, em busca do covarde Tom Chaney (Josh Brolin), que teria matado seu pai por duas barras de ouro antes de se embrenhar por território indígena.

Para conseguir perseguir Chaney e o ver enforcado, Mattie procura a ajuda de um homem conhecido como o mais cruel xerife da cidade: o impulsivo e beberrão Rooster Cogburn (Jeff Bridges, sempre muito competente), que, depois de muitas objeções, concorda em acompanhá-la. Mas o bandido já é alvo do policial texano LaBoeuf (Matt Damon, ofuscado pelos colegas), que quer pegar o assassino e o levar ao Texas por uma boa recompensa.

Cada um com sua teimosia e impulsionados por seus próprios códigos morais, esse improvável trio toma um rumo imprevisível quando se vê envolvido em mal e brutalidade, coragem e desilusão, obstinação e amor genuíno.

Filme de faroeste da melhor qualidade com selo dos irmãos Coen, que filmaram também “Onde os Fracos Não Tem Vez”, que projetou Javier Bardem. Para quem gosta do estilo, que se trata de uma releitura do clássico de 1969, que oscarizou John Wayne, é um prato cheio.

Para assistir em: DVD
Para assistir com: a(o) parceira(o) ou amigos
Batatômetro: Bom


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Melancolia

Melancolia
Lars Von Trier




Sim, criei coragem e assisti ao filme "Melancolia".. Digo coragem porque alguns filmes do Lars Von Trier dão um pouco de medo por serem muito pesados e difíceis como, por exemplo, "Dançando no Escuro" que assisti e "Anti Cristo" que não tive coragem.

Só o título do filme já mostra que não se trata de um filme fácil.. é um tema complexo, difícil, sobretudo se tratado por um diretor como Lars Von Trier que, invariavelmente, leva as coisas para o lado mais sombrio e negativo. Mas Melancolia é sim um filme bonito e muito intrigante.

O principal do filme é o sofrimento da personagem principal Justine que passa por momentos extremamente felizes, se considerarmos os padrões "comuns" ou "ordinários" de felicidade da sociedade atual: ela está casando com um homem lindo (lindo mesmo !!) e superfofo. A cerimônia é simplesmente linda, praticamente um casamento de sonho, bancado pelo cunhado rico. E, além do casamento, Justine também é bem sucedida profissionalmente, sendo, inclusive, promovida no trabalho.

Isto não vale de nada frente ao sentimento de depressão que Justine sente e que, inclusive, parece aumentar a cada vez que mais coisas "felizes" acontecem em sua vida, como se fosse uma resposta irônica ao conceito comum de felicidade, disseminado na sociedade.

O final do filme é bem trágico mas é intrigante pois nos leva a pensar sobre a fragilidade da vida e os nossos verdadeiros sentimentos em relação a ela.. Acho difícil acreditar que o único caminho verdadeiro está na tristeza e na destruição como está no filme.. nunca fui muito dado a estes pensamentos realistas e pessimistas. Prefiro pensar em termos uma vida consciente, conforme o conceito do Eterno Regresso que diz que temos que viver a vida de forma que, se fossemos infinitamente levados a retornar e viver a vida novamente, viveríamos tal qual ela foi vivida. Assim, se o mundo acabar daqui um milhão de anos ou amanhã podemos partir sem muitos arrependimentos...

Mas o filme é imperdível.. as imagens e as atuações são incríveis ! Um superfilme!








segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Meia noite em Paris

Meia noite em Paris é um filme simplesmente delicioso de assistir ! Até para aqueles que - não sei por qual motivo - não gostam dos filmes do Woody Allen.


O filme é muito divertido e criativo. E tem uma mensagem bem interessante. Gil é um escritor que vive de roteiros para cinema mas que está tentando escrever um livro. Brilhantemente interpretado por Owen Wilson que deu à personagem todos os trejeitos do autor Woody Allen, Gil conhece Paris e fica completamente apaixonado pela cidade (que realmente é apaixonante). Saudosista, o que mais atrai a atenção de Gil são as referências artísticas principalmente do passado de Paris.

Ele é noivo de uma americana daquelas bem americanas que nem sonham em sair de lá .. logicamente, eles vivem um conflito. Gil, aliás, é totalmente diferente da noiva e de sua família que está com ela na viagem.. Ele encontra um refúgio em seus passeios à noite por Paris quando, por pura mágica, acaba sendo transportado para a Paris dos anos 20, com direito a personagens como Hemingway, Cole Porter e Dali..

De uma maneira muito inteligente, Woody Allen apresenta o saudosismo das pessoas que acham que o melhor do mundo está no passado como uma forma de escapismo que na prática leva as pessoas a não darem importância ao presente. Uma mensagem muito válida e importante. E passada com a inteligência e o humor sofisticado, supercaracterísticas de Woody.

Com certeza, um filme que merece ser visto e revisto.


terça-feira, 12 de julho de 2011

O Discurso do Rei

The King's Speech
Drama | 2010
Assistido em casa em DVD


Após a morte do rei George V e a abdicação do Rei Eduardo VIII, Bertie (Colin Firth), que sofreu de um problema de fala toda a sua vida, é coroado Rei George VI. Com o país à beira de uma guerra e precisando desesperadamente de um líder, ele consulta Lionel Logue (Geoffrey Rush), um excêntrico terapeuta da fala. Com o apoio de Logue, da família e do governo de Wiston Churchill, o Rei vai se superar e proferir o seu mais importante discurso no rádio, inspirando e unindo seu povo para a iminente batalha contra os alemães na Segunda Guerra Mundial.

Oscar de melhor ator, roteiro, direção e filme para O Discurso do Rei, que faltou levar também para casa a estatueta de melhor atriz para Helena Bohan Carter no papel da Rainha Elizabeth. Culpa do pequeno destaque dado a esta sempre competente atriz, em um personagem que acabou ficando secundário à trama.

O foco acabou ficando na gagueira do Rei, e principalmente em seu peculiar relacionamento com Lionel, o fonoaudiólogo que o curou. Má notícia? Muito pelo contrário! Colin Firth e Geoffrey Rush dão show nas interpretações individuais, e protagonizam cenas antológicas quando dividem a tela, travando um dos mais divertidos duelos de interpretação dos últimos anos.

Para assistir em: DVD
Para assistir com: a(o) parceira(o) ou amigos
Batatômetro: Ótimo

terça-feira, 5 de julho de 2011

Transformers: O Lado Oculto da Lua

Transformers: Dark of the Moon
Ação | 2011
Assistido na sala XD do Cinemark SP Market


Se estiver pensando em ir ao cinema para assistir a um filme sem uma trama elaborada, de fácil digestão, do tipo em que uma corridinha ao banheiro (que aliás é bem vinda, já que são 2 horas e 15 minutos de filme) não vai te fazer perder nenhum detalhe vital para o bom entendimento da história, O Lado Oculto da Lua é uma excelente escolha.

Representante mor da categoria “filme pipoca”, Michael Bay (diretor de A Rocha, Armageddon, Pearl Harbor, Bad Boys e da série Transformers) faz o estilo visual 10, conteúdo 0. Não estou julgando, apenas fazendo uma observação. Seus filmes desafiam as leis da física e tomam injeções e mais injeções de testosterona na veia, mas é tudo extremamente divertido, e melhor ainda, em 3D, que poucas vezes tem seu uso justificado como neste longa, o melhor 3D desde Avatar.

Não há muito o que dizer da trama, já que é mais um episódio da eterna batalha entre os Autobots e os Decepticons, que acabam com metade de Chicago para decidir quem sairá vencedor desta que teoricamente é a batalha final. No meio desta chuva de metal pra cá e pra lá, houve tempo para inserir os tradicionais personagens musculosos, alguns personagens divertidos, como os dois robozinhos de Sam Witwicky (Shia Labeouf), o exótico chefe de Sam, Bruce Brazos (John Malkovich), e até um Autobot que se transforma em Ferrari e fala inglês com sotaque italiano!

Para completar, a ausência de Megan Fox neste mais novo longa da série nem é sentida. A bocuda (em todos os sentidos) foi demitida por “desavenças com o diretor” (leia-se “ataque de estrelismo”), e em seu lugar trouxeram uma outra bocuda, Rosie Huntington-Whiteley, para fazer par romântico com Sam. Esta, pelo menos ainda, é bocuda apenas nos atributos físicos (e que atributos!), que compensam a falta de personalidade da personagem, coisa que até os robôs tem de sobra.

Mas quer saber? Ninguém se importa. Basta colocá-la em 3D no meio de Camaros, Mercedes e Ferraris que está tudo certo. Quer ver filme intelectual? Veio ao lugar errado. Transformers é cool, super cool, dude!

Para assistir em: 3D, pelos brilhantes efeitos especiais
Para assistir com: amigos que curtam longos filmes de ação
Batatômetro: Excelente em 3D; bom em 2D


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Carros 2

Cars II
Animação | 2011
Assistido na sala IMAX do Shopping Bourbon Pompéia


Após ganhar a Copa Pistão pela quarta vez, Relâmpago McQueen (Owen Wilson) e sua equipe retornam a Radiator Springs para descansar. Lá ele reencontra Mate (Larry the Cable Guy), seu maior amigo, que aguarda ansioso pelo retorno. Pouco após sua chegada, Relâmpago toma conhecimento do Grand Prix Mundial, evento organizado pelo empresário Miles Eixoderroda (Eddie Izzard) onde todos os competidores usarão Alinol, um combustível alternativo. Após ser provocado em um programa de TV por Francesco Bernouilli (John Turturro), um adversário, Relâmpago resolve também competir. Ele decide levar Mate para acompanhá-lo nas corridas, mas logo ele é confundido com um espião americano. Desta forma, Mate precisa lidar com Finn McMíssil (Michael Caine) e Holly Caixadebrita (Emily Mortimer), que tentam descobrir qual é o plano do professor Z (Thomas Kretschmann) e seu enigmático chefe para a competição.

O primeiro Carros não chegou a ser uma unanimidade. Figura entre os filmes de menor sucesso da Pixar, mas é talvez o preferido de John Lasseter, o todo-poderoso do estúdio. Neste segundo filme, Lasseter procurou tornar mais internacional o mundo criado no primeiro filme, em que a história se passava toda dentro dos EUA. Desta vez, a equipe caprichou no visual de outros cenários como França, Reino Unido, Itália e Japão. Não só nos carros “locais” como também nos cenários deslumbrantes. Talvez isso se deva ao estrondoso sucesso que os produtos relacionados ao filme fizeram aos cofres da empresa.

De qualquer forma, temos mais um brilhante filme da Pixar, que pode não ser tão bom como os outros, mas também não fica devendo em nada. Continuam presentes aqueles elementos que tornam os filmes agradáveis também aos adultos, com inserções de tiradinhas que as crianças não entenderiam (e nem deveriam!). Ótima diversão!

Para assistir em: 3D, de preferência na sala IMAX
Para assistir com: a família toda
Batatômetro: Ótimo


quinta-feira, 30 de junho de 2011

Um Jantar para Idiotas

Dinner for Schmucks
Comédia | 2010
Assistido em casa em DVD


Steve Carell, o virgem de 40 anos do filme homônimo, entrou definitivamente para o Hall dos grandes comediantes entregando um personagem hilário em um filme já antológico da categoria. Paul Rudd, que ganhou destaque em Hollywood depois de sua contribuição no seriado Friends como Mike, o namorado de Phoebe, anda bem cotado ultimamente para fazer filmes de comédia (romântica ou não), e sempre contribui com bons papéis. Zach Galifianakis, o gordinho barbudo do trio de Se Beber, Não Case, sucesso estrondoso de bilheteria, principalmente nos EUA, também tem recebido excelentes críticas por sua veia cômica.

Com um elenco como este, é de se esperar um filme daqueles de gargalhar de rir, algo “incrivelmente divertido”, como alardeia a capa do DVD. Ok para o divertido, mas not ok para o incrivelmente.

No longa, Tim (Paul Rudd) é um executivo em ascensão que precisa de uma única coisa para ter sucesso na empresa onde trabalha: encontrar a pessoa certa (no caso, um completo idiota que será zombado ao extremo) para levar ao jantar mensal de seu chefe, no qual é vencedor da noite aquele que levar o convidado mais engraçado. Por sorte, Tim conhece Barry (Steve Carell), um cara que monta números musicais com ratos embalsamados. Quando a dupla aparece no jantar, a maluquice vai às alturas.

A ideia central do filme em si não é nada sensacional, e o filme tem seus poucos mas bons momentos muito mais por conta dos atores em si do que qualquer outra coisa. Os pequenos momentos em que Zach Galifianakis contracena com Steve Carell são os melhores, e tornam o filme muito mais digerível.

Para assistir em: DVD
Para assistir com: o(a) parceiro(a) ou amigos
Batatômetro: Regular

quarta-feira, 29 de junho de 2011

X-Men: Primeira Classe

X-Men: First Class
Ação | 2011
Assistido no Shopping Iguatemi em Campinas



Se os filmes dos mutantes lançados até agora formassem um livro, o mais novo “X-Men: Primeira Classe” seria um prólogo. Todo o passado dos primeiros mutantes é revelado com detalhes e muita destreza neste ótimo filme, que reúne um elenco extremamente competente de algumas caras novas de Hollywood.

Mostrando personagens de épocas diferentes, o longa mostra a reunião entre o Professor Charles Xavier (James McAvoy) e Erik Lehnsherr (Michael Fassbender), o futuro Magneto, quando seus poderes ainda estavam despertando e ainda eram amigos. O papel de supervilão do filme fica a cargo de Kevin Bacon, na minha opinião em seu melhor papel da carreira, outra grande contribuição para a trama.

É interessante conhecer alguns detalhes que culminaram nos personagens como os conhecemos no primeiro longa dos Mutantes, lançado no ano 2000. O diferente passado da Mística, o motivo pelo qual o Professor X anda de cadeira de rodas, de onde surgiu a divergência entre Magneto e o Professor, como foi criada a Escola Xavier para Jovens Superdotados, enfim, vários temas curiosos são abordados e explicados neste prólogo.

A característica que mais chama a atenção em “X-Men: Primeira Classe”, curiosamente, não são os efeitos especiais. Estes estão presentes, claro, e são excelentes, mas a beleza deste filme está justamente nos conflitos internos e descobertas dos personagens, nos processos de aceitação e de auto conhecimento que são deflagrados durante toda a trama. E talvez seja esta mesma a grande lição de Bryan Singer (produtor e roteirista deste último, e diretor do primeiro X-Men) nesta reinvenção da série: a de que todo filme, mesmo sendo este um filme de heróis, deve sempre buscar ser, acima de tudo, um bom filme.

Para assistir em: 3D ou em 2D mesmo, mas nas telonas de preferência
Para assistir com: o(a) parceiro(a) ou amigos
Batatômetro: Ótimo

terça-feira, 28 de junho de 2011

Cisne Negro

Black Swan
Drama | 2010
Assistido em casa em DVD


Quando Darren Aronofsky pintar nos créditos como diretor de um filme, prepare-se para uma viagem visual, mergulhar nos personagens de uma forma absurdamente visceral. Se você assistiu a “O Lutador”, que trouxe de volta Mickey Rourke, sabe bem o que é isso. Se não bastar, o psicodélico “Réquiem Para Um Sonho” cumprirá a função.

O “Cisne Negro” que dá título ao filme é a contraparte do Cisne Branco, dois personagens de uma montagem de balé de “O Lago dos Cisnes”, espetáculo concebido no filme pelo diretor artístico Leroy (Vincent Cassel), que precisa escolher uma bailarina fora de série para substituir uma grande estrela que está se despedindo dos palcos (bem interpretada por Wynona Rider) e protagonizar a nova montagem, interpretando tanto a formosura do Cisne Branco, símbolo de graça e pureza, e o poder de sedução do Cisne Negro, que simboliza malícia e sensualidade.

A incumbência da desafiadora tarefa é delegada à Nina (Natalie Portman), uma bailarina extremamente dedicada e muito técnica, que consegue facilmente interpretar o Cisne Branco, já que conhece o balé enquanto aprendizado e disciplina, mas que se perde em sua mente atormentada quando precisa incorporar o Cisne Negro, já que este é mais ligado ao mundo das sensações e dos desejos. Com a cobrança sufocante da mãe, uma ex-bailarina, Nina entra em parafuso ao longo da preparação do espetáculo, começa a ter alucinações, e o filme mergulha com ela em um universo subjetivo cada vez mais delirante.

E foi neste jogo de contrastes e opostos que a belíssima Natalie Portman colocou seu nome no Hall da Fama de Hollywood, amealhando a estatueta de Melhor Atriz por sua fascinante entrega em “Cisne Negro”, no que talvez tenha sido o Oscar mais merecido em 2011.

Compre a sua passagem sem medo e prepare-se para mais uma viagem intensa!

Para assistir em: DVD
Para assistir com: o(a) parceiro(a) ou amigos, mas sozinho(a) também rola.
Batatômetro: Ótimo

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Se Beber, Não Case II

The Hangover Part II
Comédia | 2011
Assistido no shopping Cidade Jardim




Depois de uma farra inesquecível em Las Vegas, Phil (Bradley Cooper), Stu (Ed Helms), Alan (Zach Galifianakis) e Doug (Justin Bartha) seguiram com suas vidas. Mas o bom e velho Stu está disposto a casar novamente, desta vez com Lauren (Jamie Chung), e o local escolhido para a cerimônia foi a exótica Tailândia. Mas o que era para ser uma simples despedida de solteiro acabou se transformando em outra aventura muito louca, só que agora em um país diferente, com suas próprias regras e a promessa de ser "marcante".

Ou seja, mais do mesmo! A sinopse acima poderia muito bem ser usada no primeiro filme, e talvez poucas pessoas percebessem. Nada contra repetir a fórmula de sucesso do primeiro (e ótimo) “episódio”, mas também usar praticamente a mesma roupa não caiu muito bem.

Ok, o “bando de lobos” ainda rende boas risadas, a química entre os três atores rola muito fácil, mas não seria má ideia ousar um pouco mais...

Para assistir em: DVD (dá pra esperar sair das telonas)
Para assistir com: o(a) parceiro(a) ou amigos
Batatômetro: Bom

terça-feira, 14 de junho de 2011

Trabalho Interno

Inside Job
Documentário | 2010
Assistido em casa em DVD


Muito se fala de como o Brasil poderia ser um país melhor, que se não fosse a corrupção, estaríamos em situação bem superior à atual; que as pessoas que nos representam estão mais interessadas em benefícios próprios do que no bem da sociedade; que o cidadão brasileiro não está nem aí e não faz nada para mudar essa situação toda, que somos submissos e tolos; que somos, enfim, um país de terceiro mundo, que em nada se compara a grandes economias de grandes países desenvolvidos, principalmente àquele em que o Brasil mais se espelha: os Estados Unidos da América.

Se você também pensa assim, é bom assistir a este filme. Se não pensa assim mas não sabe ainda ao certo como aquela grande crise de 2008 se desenrolou, é bom gastar algum tempo para ficar sabendo com detalhes o que aconteceu.

De forma documental, e narrado por Matt Damon, Trabalho Interno relata, de forma bem didática, os fatores que desencadearam uma crise econômica de proporções globais que fez com que milhões de pessoas perdessem suas casas, empregos, e em alguns casos as economias de uma vida inteira. Ao todo, foram gastos 20 trilhões de dólares para combater a situação.

Pesquisas extensas e inúmeras entrevistas com importantes pessoas ligadas ao mundo financeiro, além de políticos e jornalistas, ajudaram a desvendar o relacionamento corrosivo que envolveu representantes da política, da justiça e do mundo acadêmico.

O sentimento que fica quando o filme termina é de revolta, de nojo mesmo, nada diferente do que sentimos quando casos parecidos são deflagrados aqui em nosso país. E o mais absurdo de tudo é saber que, também como ocorre aqui, a impunidade reina soberana. Essa não escolhe lugar...

Para assistir em: DVD
Para assistir com: sozinho, já que o filme requer atenção extrema
Batatômetro: Excelente

domingo, 5 de junho de 2011

Viver (Ikiru)



Assisti ao primeiro filme do diretor Akira Kurosawa na minha vida. Eu tinha um pouco de preconceito em assistir aos filmes dele.. Achava que seriam parados, muito concentuais, chatos. Mas fiquei extremamente surpreso ao perceber que, na verdade, são bem diferentes disto.

Viver é um filme feito no Japão em 1952. É impressionante ver como ele é um filme moderno. A primeira cena do filme é a imagem de uma radiografia de um estômago e uma voz narrando que este estômago tem câncer e que o dono no estômago ainda não sabe que tem este problema. Aí o filme começa a mostrar a história de um homem mais velho, chefe de seção de um departamento público e que realiza o mesmo trabalho burocrático há quase 30 anos.

Ao descobrir que tem câncer e que lhe resta pouco tempo de vida, ele fica desesperado e perdido e começa a questionar sobre tudo o que fez em sua vida e, tristemente, percebe que não fez nada que o agradasse de verdade. Viveu os 30 anos dentro de um regime burocrático no qual desempenhava um papel bobo e sem graça. Lembrou de um projeto que não conseguiu implantar em sua vida e que passou todos estes anos trabalhando para sustentar um filho que já não lhe dá muita atenção.

O ponto forte do filme é mostrar isto de uma forma tão natural e direta, um questionamento que, de uma forma ou de outro, deveria fazer parte da vida de todos. Em um momento no filme, as personagens se questionam se a mudança que ele fez em sua vida foi decorrente dele saber que tinha pouco tempo de vida e chegam à conclusão que sim e que, logicamente, com esta perspectiva, era esperado que ele mudasse e buscasse algo que fizesse sentido. Aí uma das personagens faz a pergunta que, na verdade, é a mensagem principal do filme: se ninguém sabe quando vai morrer, amanhã qualquer um pode morrer. Por que, então, isto não muda as nossas vidas?

Fiquei realmente apaixonado pelo filme e entusiamadíssimo para ver outros filmes do Kurosawa. Juro que não esperava ver algo tão moderno e divertido. E tampouco ver temas tão atemporais como este. Com certeza é um filme que deve ser visto por todos. Recomendadíssimo !!

Batatômetro: ótimo

Veja abaixo uma cena linda do filme:

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Além da Vida

Hereafter
Drama | 2011
Assistido em casa em DVD


O que nos espera além da vida? Existe algo após a morte? É com base nos preceitos do espiritismo que o diretor Clint Eastwood dá vida a este lindo drama.

Três pessoas são tocadas pela morte de maneiras diferentes. George (Matt Damon) é um americano que desde pequeno consegue manter contato com a vida fora da matéria, mas considera o seu dom uma maldição e tenta levar uma vida normal. Marie (Cécile De France) é jornalista, francesa, e passou por uma experiência de quase morte durante um tsunami, em cena forte do início do filme que foi muito bem feita. Em Londres, o menino Marcus (Frankie McLaren/George McLaren) perde alguém muito ligado a ele e parte em busca desesperada por respostas. Enquanto cada um segue sua vida, o caminho deles acaba se cruzando de forma muito interessante, e muito bem amarrada por este cada vez melhor e mais surpreendente diretor.

Clint parece se superar a cada filme, e consegue contar uma história como poucos. A única coisa que não fica muito clara no filme é se ele próprio acredita no espiritismo, mas que mesmo assim não tira o brilho de sua mais nova obra.

Para assistir em: DVD
Para assistir com: a(o) parceira(o) e amigos
Batatômetro: Ótimo


segunda-feira, 30 de maio de 2011

Os Agentes do Destino

The Adjustment Bureau
Thriller/Romance/Ficção Científica | 2011
Assistido no cinema do Shopping Cidade Jardim



Há um sentido último para a existência do mundo? A organização do mundo é necessariamente essa com que deparamos, ou seriam possíveis outros mundos? Deus existe? Se existe, como podemos conhecê-lo? Existe algo como um “espírito”? Há uma diferença fundamental entre mente e matéria? Os seres humanos são dotados de almas imortais? São dotados de livre-arbítrio? Tudo está em permanente mudança, ou há coisas e relações que, a despeito de todas as mudanças aparentes, permanecem sempre idênticas?

A metafísica do filósofo grego Aristóteles, que geralmente usava a expressão “filosofia primeira” ou “teologia” (por contraste com a “filosofia segunda” ou “física”), acabou por se impor como denominação da ciência que se ocupa das realidades que estão além das realidades físicas.


São estas questões metafísicas (do grego antigo “além do físico”), uma das disciplinas fundamentais da filosofia, que servem de base para Os Agentes do Destino, adaptação de um conto de Philip K. Dick, grande autor de sucessos da ficção científica, cujas histórias viraram Blade Runner - O Caçador de Andróides, O Vingador do Futuro, e Minority Report.

No filme, David Norris (Matt Damon, sempre muito bom) é um político importante com uma carreira promissora, mas um escândalo atrapalhou a sua corrida ao Senado. Tão logo perde a disputa pela vaga, ele conhece a enigmática Elise (a ótima Emily Blunt, que ganhou projeção em O Diabo Veste Prada), bailarina por quem se apaixona. Contudo, homens com estranhos poderes de interferir no futuro aparecem e começam a pressioná-lo para que ele não dê continuidade a este romance, pois isso poderá atrapalhar o futuro de ambos. Sem saber ao certo quem são essas pessoas, a única certeza que David possui é que precisará encontrar forças para enfrentá-los e encarar o que o destino lhe reserva.

O que você faria, como você reagiria, por exemplo, se soubesse que derrubar café na roupa, embora pareça acidental, é na verdade parte do plano da sua vida, que aquilo foi escrito, e não um simples acaso? É com este tipo de verdade que Matt Damon tem que lidar neste filme, que trata de religião o tempo inteiro sem ao menos mencionar qualquer palavra que remeta à igreja ou a Deus (exceto uma única menção à palavra “anjo”).

Tirando toda a parte Philip K. Dick do filme, ou seja, toda a parte de ficção científica, minha interpretação pessoal da mensagem final do filme tem muito a ver com dois outros filmes recomendadíssimos, muito mais para reflexão do que para entretenimento:

  1. Quem Somos Nós? (What the Bleep Do We Know?)
  2. O Segredo, De Rhonda Byrnes, que na verdade é uma adaptação do best-seller

Para não estragar o final do filme (que eu amei!), vou me limitar a sugerir assistir aos Agentes do Destino e depois procurar curtir uma das duas recomendações acima, ou ambas!

Deixando um pouco o filme de lado, não posso deixar de comentar o maravilhoso cinema que conheci com este fantástico filme. A experiência de assistir a um filme nas salas do Shopping Cidade Jardim é inigualável, embora cara. As poltronas de couro são enormes, e todas reclinam quase que deixando o usuário completamente deitado, com apoio para os pés. O espaço que há entre as fileiras chega a ser um exagero, e não há problema algum se você estiver abarrotado de sacolas ao entrar no cinema. A tela de projeção ocupa toda a parede da sala, no mesmo conceito das salas Imax. Entre os vários comes e bebes, pipocas gourmet, croissants, taças de vinho e espumante, cafés de todos os tipos e gostos, todos devidamente servidos por garçonetes que circulam livremente pela sala. Basta pedir que elas buscam fora da sala e levam até você. Melhor que isso, só se fosse mais barato... rsrs.

Para assistir em: cinema, e se puder, na “experiência Cidade Jardim”
Para assistir com: a(o) parceira(o) e/ou amigos
Batatômetro: Imperdível


O Vencedor

The Fighter
Drama | 2010
Assistido em casa em DVD


Dicky (Christian Bale, fantástico) é uma lenda do boxe que desperdiçou o seu talento. Agora, seu meio-irmão Micky (Mark Wahlberg, sempre competente) tentará ser campeão e superar as conquistas de Dicky. Empresariado pela mãe Alice (Melissa Leo, ótima) e treinado pelo irmão, Micky começa mal jornada profissional. Somente após conhecer o seu grande amor, Charlene (Amy Adams, ótima), é que ele consegue colocar sua carreira nos trilhos, mas não sem antes ficar dividido entre seus familiares e a vontade de ser um verdadeiro campeão.

O filme, indicado a sete estatuetas do Oscar, é baseado em uma emocionante história real. Amy Adams e Melissa Leo concorreram pelo Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, e quem levou a melhor foi a segunda, em merecido reconhecimento. Contudo, o grande destaque do filme fica mesmo por conta da atuação visceral de Christian Bale, que emagreceu bastante para fazer o papel do irmão desajustado e vítima das drogas. O talento camaleônico do ator, o nosso mais recente Batman e super soldado no novo Exterminador do Futuro, foi mais do que suficiente para arrasar a concorrência e amealhar a estatueta de Melhor Ator Coadjuvante.

Vale destacar ainda a ambientação do filme, que impressiona no retrato fiel (figurino, penteados, cores, cenários) do início dos anos 90. Um filmaço!


Para assistir em: DVD
Para assistir com: a(o) parceira(o) e/ou amigos
Batatômetro: Excelente

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Megamente

Megamind
Animação | 2010
Assistido em casa em DVD


Tudo o que vilão Megamente (Will Ferrell) mais queria era eliminar seu adversário Metro Man (Brad Pitt/Thiago Lacerda) e assim dominar a cidade de Metro City. Só que para isso era necessário um plano ainda mais diabólico do que todos já tentados anteriormente. Um dia, com a ajuda de Criado (David Cross) e após sequestrar a repórter Rosane Rocha (Tina Fey), o malvado consegue o inimaginável, para ele e para todos: dar um sumiço no herói. A única coisa que ele não contava era que sua vida se tornaria tão chata a ponto de ele inventar um herói para combater.

Não há muito o que comentar sobre este filme bonitinho com cara de sessão da tarde. O bom das animações de hoje em dia é que também existe a preocupação por parte dos estúdios de que o filme seja no mínimo suportável para os adultos, padrão que a Dreamworks, assim como a Pixar, consegue sempre superar.


Para assistir em: DVD
Para assistir com: a família, de preferência com crianças
Batatômetro: Bom

terça-feira, 24 de maio de 2011

Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família

Little Fockers
Comédia | 2010
Assistido em casa em DVD

Após 10 anos de convivência, enfim Greg (Ben Stiller) conseguiu se enturmar com seu sogro, Jack (Robert De Niro). Agora pai de dois filhos, Greg tenta impressionar a diretora de uma escola particular de prestígio, já que gostaria que as crianças estudassem lá. Paralelamente, precisa lidar com as obras na casa, cujo atraso pode prejudicar a festa de aniversário dos filhos. Em meio a toda esta situação, Greg aceita um emprego noturno em um laboratório farmacêutico. Só que a presença de uma sexy colega de trabalho faz com que Jack volte a desconfiar do genro.

Parece que esta sinopse sinaliza 98 minutos (duração do filme) de novas gargalhadas, mas a verdade é que este filme traz mais do mesmo. E menos do que deveria trazer de mais, como os personagens subaproveitados de Barbra Streisand e Dustin Hoffman. Owen Wilson e Jessica Alba chegam para tentar apimentar um pouco a trama, mas o filme, assim como os dois anteriores, acaba caindo na única armadilha que não poderia cair: a de focar demais o eterno conflito entre Greg e Jack.

Um filme que sim, tem uma ou outra boa cena, mas que fica bem aquém do esperado. Na minha opinião, pode parar por aí, até porque o nome do filme está ficando cada vez mais longo a cada sequência.


Para assistir em: DVD, e se der, emprestado
Para assistir com: o(a) parceiro e/ou amigos
Batatômetro: Regular