terça-feira, 30 de agosto de 2011

Eu Sou o Número 4


I Am Number Four
Sci-Fci / Action| 2011
Assistido em casa em DVD


Nove alienígenas fugiram do planeta Lorien, onde eram conhecidos por números, para se esconder na Terra dos inimigos Mogadorians, que precisam eliminar todos os “lorienos” - e na ordem certa - para que poderes especiais não possam ser usados contra eles no futuro. A caçada já começou e os números Um, Dois e Três já foram assassinados. O número Quatro vive disfarçado entre os humanos, como John Smith (Alex Pettyfer), ajudado por seu protetor Henri (Timothy Olyphant) na tranquila cidade de Paradise, em Ohio. Enquanto descobre seus novos poderes, Smith conhece a estudante Sarah Hart (Dianna Agron) e se apaixona por ela, colocando em risco a vida de ambos e o futuro de sua raça, porque o inimigo já o localizou. A sua sorte é que a número Seis (Teresa Palmer) também o encontrou e ela pode ajudar na batalha.

Depois dos sucessos arrebatadores das franquias longevas como Harry Potter e O Senhor dos Anéis, estão todos em busca do próximo grande blockbuster: As Crônicas de Nárnia, Eragon, Percy Jackson e o Ladrão de Raios, a Bússola de Ouro. Felizmente, Eu Sou o Número Quatro não segue a mesma linha dos que tentaram mas não conseguiram. O time responsável pela concepção do longa caprichou. O diretor D.J. Caruso e seu colega íntimo Michael Bay (produtor) se juntaram ao respeitado time de roteiristas de Homem-Aranha 2 e à fotografia de Guilllermo Navarro (Labirinto do Fauno) para transformar o romance teen em uma boa ficção científica.

Com os efeitos especiais da sensacional Industrial Light and Magic (“mãe” dos robôs de Transformers), Eu Sou o Número Quatro não desaponta os fãs de um bom filme de ação, e deixa margem para uma possível continuidade. Vale a locação.

Para assistir em: DVD
Para assistir com: a(o) parceira(o) ou amigos
Batatômetro: Bom

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Passe Livre


Hall Pass
Comédia| 2011
Assistido em casa em DVD



Rick (Owen Wilson) e Fred (Jason Sudeikis) estavam cansados da rotina do casamento até o dia em que recebem um presente inusitado de suas esposas: um passe livre de uma semana para aprontar o que quiserem.

Parte desta premissa a mais recente obra do irmãos Farrelly (Quem Vai Ficar com Mary, Débi & Lóide, Eu, Eu Mesmo e Irene, Antes Só do que Mal Casado, O Amor É Cego), que mais uma vez usa o absurdo, as escatologias e o sexo para fazer rir.

A decisão das esposas acontece quando elas percebem que os maridos, chegando à meia-idade, acreditam ser capazes de conseguir qualquer mulher que desejarem. À soberba dos machos juntam-se o tédio do casamento de décadas e a carência de sexo.

Esse é de longe o melhor trabalho dos Farrelly (todos os filmes acima mencionados são melhores), mas ainda sim rende algumas risadas ao mostrar o que acontece nessa semana de passe livre do casamento.


Para assistir em: DVD
Para assistir com: a(o) parceira(o) ou amigos
Batatômetro: Regular

Rio


Rio
Animação| 2011
Assistido em casa em DVD


Rio conta a história de Blu (Jesse Eisenberg no original, ótimo), uma arara azul que vive em Minnesota e acredita ser a última de sua espécie. Mas ao saber da existência de Jewel (Anne Hathaway no original), uma arara azul fêmea que vive no Rio, ele decide vir encontrá-la. As diferenças de personalidade entre Blu e Jewel (ele foi domesticado em gaiola e não sabe voar, enquanto ela é livre, independente e adora alçar vôo) mostram-se maiores ainda ao serem jogados juntos em uma viagem que promete ensinar-lhes bastante sobre amizade, amor, coragem e mudanças da vida.

Calos Saldanha manda bem mais uma vez nessa gostosa aventura em território familiar. É bom saber que um brasileiro tem carta branca dos poderosos estúdios de Hollywood para fazer o que bem entender. Carlos não decepcionou com as três edições de “A Era do Gelo”, e também não deixa a peteca cair neste mais novo longa de animação.

Destaques para a participação de Rodrigo Santoro como o cientista brasileiro (claro) que vai ao encontro de Blu nos EUA para tentar trazê-lo ao Brasil, e às poucas mas caprichadas falas de Anne Hathaway em português, tentando ao máximo tirar o sotaque yankee.

Um filme com espírito de alegria e good vibes, que anima uma tarde de domingo.

Para assistir em: DVD
Para assistir com: a(o) parceira(o) ou amigos
Batatômetro: Bom

Bravura Indômita


True Grit
Drama de Faroeste| 2010
Assistido em casa em DVD


Determinada a fazer justiça, a menina de 14 anos Mattie Ross (Hailee Steinfeld, excelente) chega a Fort Smith, Arkansas, em busca do covarde Tom Chaney (Josh Brolin), que teria matado seu pai por duas barras de ouro antes de se embrenhar por território indígena.

Para conseguir perseguir Chaney e o ver enforcado, Mattie procura a ajuda de um homem conhecido como o mais cruel xerife da cidade: o impulsivo e beberrão Rooster Cogburn (Jeff Bridges, sempre muito competente), que, depois de muitas objeções, concorda em acompanhá-la. Mas o bandido já é alvo do policial texano LaBoeuf (Matt Damon, ofuscado pelos colegas), que quer pegar o assassino e o levar ao Texas por uma boa recompensa.

Cada um com sua teimosia e impulsionados por seus próprios códigos morais, esse improvável trio toma um rumo imprevisível quando se vê envolvido em mal e brutalidade, coragem e desilusão, obstinação e amor genuíno.

Filme de faroeste da melhor qualidade com selo dos irmãos Coen, que filmaram também “Onde os Fracos Não Tem Vez”, que projetou Javier Bardem. Para quem gosta do estilo, que se trata de uma releitura do clássico de 1969, que oscarizou John Wayne, é um prato cheio.

Para assistir em: DVD
Para assistir com: a(o) parceira(o) ou amigos
Batatômetro: Bom


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Melancolia

Melancolia
Lars Von Trier




Sim, criei coragem e assisti ao filme "Melancolia".. Digo coragem porque alguns filmes do Lars Von Trier dão um pouco de medo por serem muito pesados e difíceis como, por exemplo, "Dançando no Escuro" que assisti e "Anti Cristo" que não tive coragem.

Só o título do filme já mostra que não se trata de um filme fácil.. é um tema complexo, difícil, sobretudo se tratado por um diretor como Lars Von Trier que, invariavelmente, leva as coisas para o lado mais sombrio e negativo. Mas Melancolia é sim um filme bonito e muito intrigante.

O principal do filme é o sofrimento da personagem principal Justine que passa por momentos extremamente felizes, se considerarmos os padrões "comuns" ou "ordinários" de felicidade da sociedade atual: ela está casando com um homem lindo (lindo mesmo !!) e superfofo. A cerimônia é simplesmente linda, praticamente um casamento de sonho, bancado pelo cunhado rico. E, além do casamento, Justine também é bem sucedida profissionalmente, sendo, inclusive, promovida no trabalho.

Isto não vale de nada frente ao sentimento de depressão que Justine sente e que, inclusive, parece aumentar a cada vez que mais coisas "felizes" acontecem em sua vida, como se fosse uma resposta irônica ao conceito comum de felicidade, disseminado na sociedade.

O final do filme é bem trágico mas é intrigante pois nos leva a pensar sobre a fragilidade da vida e os nossos verdadeiros sentimentos em relação a ela.. Acho difícil acreditar que o único caminho verdadeiro está na tristeza e na destruição como está no filme.. nunca fui muito dado a estes pensamentos realistas e pessimistas. Prefiro pensar em termos uma vida consciente, conforme o conceito do Eterno Regresso que diz que temos que viver a vida de forma que, se fossemos infinitamente levados a retornar e viver a vida novamente, viveríamos tal qual ela foi vivida. Assim, se o mundo acabar daqui um milhão de anos ou amanhã podemos partir sem muitos arrependimentos...

Mas o filme é imperdível.. as imagens e as atuações são incríveis ! Um superfilme!








segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Meia noite em Paris

Meia noite em Paris é um filme simplesmente delicioso de assistir ! Até para aqueles que - não sei por qual motivo - não gostam dos filmes do Woody Allen.


O filme é muito divertido e criativo. E tem uma mensagem bem interessante. Gil é um escritor que vive de roteiros para cinema mas que está tentando escrever um livro. Brilhantemente interpretado por Owen Wilson que deu à personagem todos os trejeitos do autor Woody Allen, Gil conhece Paris e fica completamente apaixonado pela cidade (que realmente é apaixonante). Saudosista, o que mais atrai a atenção de Gil são as referências artísticas principalmente do passado de Paris.

Ele é noivo de uma americana daquelas bem americanas que nem sonham em sair de lá .. logicamente, eles vivem um conflito. Gil, aliás, é totalmente diferente da noiva e de sua família que está com ela na viagem.. Ele encontra um refúgio em seus passeios à noite por Paris quando, por pura mágica, acaba sendo transportado para a Paris dos anos 20, com direito a personagens como Hemingway, Cole Porter e Dali..

De uma maneira muito inteligente, Woody Allen apresenta o saudosismo das pessoas que acham que o melhor do mundo está no passado como uma forma de escapismo que na prática leva as pessoas a não darem importância ao presente. Uma mensagem muito válida e importante. E passada com a inteligência e o humor sofisticado, supercaracterísticas de Woody.

Com certeza, um filme que merece ser visto e revisto.